Nova proporção com 30% de etanol levanta dúvidas sobre impacto em veículos mais antigos, enquanto testes indicam boa adaptação em motores modernos
O Brasil está se preparando para uma mudança significativa na composição da gasolina vendida nos postos. A proposta é aumentar a mistura de etanol anidro de 27,5% para 30%, criando o que já está sendo chamado de "gasolina E30". A medida vem sendo debatida por autoridades e especialistas do setor automotivo, com impactos potenciais tanto no desempenho dos veículos quanto no meio ambiente.
A principal preocupação gira em torno dos carros mais antigos, fabricados antes de 2009. Esses modelos podem não ter sido projetados para lidar com uma quantidade tão alta de etanol, o que pode afetar o desempenho e até causar danos ao motor com o tempo. Já os veículos mais novos, especialmente os flex, tendem a se adaptar bem à nova mistura, segundo testes realizados até agora.
Especialistas destacam que o aumento no teor de etanol tem como objetivo reduzir a emissão de gases poluentes e ampliar o uso de combustíveis renováveis. No entanto, também traz desafios logísticos, já que a produção e distribuição de etanol precisariam acompanhar a nova demanda.
O governo ainda avalia os impactos da mudança antes de oficializá-la. Enquanto isso, fabricantes de veículos e entidades do setor continuam realizando estudos para garantir que a transição ocorra de forma segura e eficiente, sem prejudicar os consumidores nem a frota em circulação.
Por Redação Em Tempo Notícias com agências