Segundo IBGE, Brasil cresceu 1,0% em julho e Alagoas aparece entre os estados com melhor desempenho no período
Alagoas registrou alta de 4,2% nas vendas do comércio varejista em julho de 2025, na comparação com julho de 2024, resultado que coloca o estado entre as cinco maiores taxas do Brasil no mês. No acumulado de janeiro a julho, o varejo alagoano soma +4,5% e, no recorte de 12 meses, +6,0%, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mesmo comparativo interanual, o Brasil cresceu 1,0% em julho. Com relação aos estados, os maiores crescimentos em julho foram do Amapá (+8,5%), seguido por Santa Catarina (+5,4%), Mato Grosso (+4,9%) e Rio Grande do Norte (+4,8%).
No Nordeste, Rio Grande do Norte teve a maior taxa do mês (+4,8%), seguido de Alagoas (+4,2%). Na sequência aparecem Paraíba (+2,9%), Bahia (+2,7%), Ceará (+2,1%), Maranhão (+2,0%), Pernambuco (+1,2%), Sergipe (+0,9%) e Piauí, o único estadonordestino que apresentou queda de -1,2% nas vendas em julho.
No acumulado do ano, de janeiro a julho, Alagoas mantém +4,5%. O melhor resultado regional é o da Paraíba (+5,7%); em seguida vêm Ceará (+3,0%), Rio Grande do Norte (+2,4%), Pernambuco (+2,1%), Piauí (+2,9%), Maranhão (+1,2%), Sergipe (+1,0%) e Bahia (+0,9%).
O avanço de 4,5% no acumulado de janeiro a julho indica que a alta de Alagoas não é pontual, mas parte de uma trajetória sustentada ao longo de 2025. A leitura de 12 meses (+6,0%) reforça essa tendência, posicionando o estado com desempenho consistente no varejo mesmo diante de um cenário nacional que, no mês, cresceu em ritmo mais moderado.
Apesar dos bons resultados em vendas apresentados no período, o endividamento do alagoano cresceu nos meses de julho, segundo analisou o consultor da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio), Lucas Sorgato.
“Dados da Confederação Nacional do Comércio apontam um aumento de endividamento para as famílias alagoanas nesses meses de junho e julho, principalmente via cartão de crédito e, também, por uma nova modalidade que começa a ganhar força com os trabalhadores, que é a questão do endividamento via empréstimo consignado da carteira do trabalho. Então estes dois pontos serviram para injetar recursos na economia fazendo com que de fato ela tivesse esse melhor desempenho, mas temos aqui uma problemática, que é o aumento do endividamento do trabalhador, fato que pode ser um grande empecilho para o futuro”, alertou.
Produção agrícola atinge R$ 4 bi pela primeira vez na história, diz IBGE
Em outro estudo divulgado pelo IBGE sobre a produção agrícola, Alagoas cresceu 5,3% em 2024, na comparação com o ano anterior, e atingiu R$ 4,1 bilhões pela primeira vez na história.
A pesquisa do IBGE também mostra que Alagoas foi o maior produtor de cana-de-açúcar da região Nordeste em 2024 e o sétimo do país, com 18,7 milhões de toneladas. O valor dessa produção chegou a R$ 2,5 bilhões, um crescimento de 12,1% ante os R$ 2,2 bilhões de 2023.
Destaque para o município de Coruripe, maior produtor do estado, que colheu 3,6 milhões de toneladas e teve um crescimento de 31,6% no valor da produção, que passou de R$ 357,6 milhões (2023) para R$ 470,6 milhões (2024). Em dois anos, o valor da produção da cana-de-açúcar registrou crescimento de 54,1%. Quando analisado o período de uma década, o avanço foi de 69%.
“É com grande satisfação que celebramos mais um marco histórico para a agricultura alagoana. Os números confirmam que estamos no caminho certo, com políticas públicas voltadas para o fortalecimento da agricultura, geração de emprego, renda e desenvolvimento para todo o estado”, comemorou a secretária de Estado da Agricultura, Aline Rodrigues.
Por Vanessa Siqueira, Foto: Pablício Vieira – Ascom Arapiraca