Ideia inicial é permitir novos cursos de medicina onde há carência de médicos, segundo ministro da Educação

Em vigor desde 2018, proibição da abertura de novas faculdades deixa de valer na quarta-feira (5). MEC terá de definir onde elas poderão ser instaladas.


Ministro da Educação explica sobre critérios para aberturas de novos cursos de medicina

Em vigor desde 2018, a proibição da abertura de novos cursos de medicina no Brasil vai deixar de valer na quarta-feira (5), e a ideia inicial é permitir a criação de vagas nas regiões onde faltam médicos, segundo o ministro da Educação, Camilo Santana.

" A ideia inicial é que ele tenha foco a partir do Programa Mais Médicos para exatamente ter cursos onde há carência e da necessidade de médicos", disse Camilo nesta segunda-feira (3) em entrevista ao g1 Ceará.

A proibição estabelecida durante o governo Temer era uma tentativa de controlar a qualidade da formação de profissionais de saúde, após um “boom” no surgimento de faculdades privadas (veja abaixo gráfico que mostra distribuição dos cursos pelo país). Ficou estabelecido que essa moratória valeria até a próxima quarta (5).

Santana confirmou o fim da moratória, e disse que, após ela, o MEC e o Ministério da Saúde vão elaborar um edital sobre o assunto.

Sem dar números, o ministro da Educação afirmou ainda que, em razão de decisões judiciais, o número de vagas de novos cursos de medicina cresceu mais durante a vigência da moratória do que antes dela.

'"O que aconteceu? Uma enxurrada de decisões judiciais [...]. O objetivo da moratória era reduzir o número de cursos, mas fez foi aumentar e temos que ver a qualidade desses cursos que estão sendo oferecidos para os estudantes de medicina no Brasil", afirmou Santana ao Bom Dia Ceará, da TV Verdes Mares, afiliada da TV Globo


Os registros das entidades que acompanham o assunto, entretanto, apontam que desde o início da vigência da moratória, foram abertas 1,1 mil vagas por meio de decisões judiciais. Além delas, também foram criadas outras 5 mil que tiveram pedido de abertura feito antes do início da proibição. Ou seja, um total de 6 mil, aproximadamente.

De 2014 a 2018, foram criadas 12 mil vagas em cursos de medicina, de acordo com os registros do MEC.

Por André Teixeira e Gioras Xerez, g1 CE  Foto: Arte/g1

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