Suspeitos de Ataques cibernéticos aos sistemas do TSE são alvos de operação da Polícia Federal

 

Foto: Reprodução internet

A Polícia Federal investiga a participação de um grupo hacker brasileiro, em conjunto com um hacker português, no ataque aos sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) realizado este ano.

Os grupos Noias do Amazonas (NDA), formado por brasileiros, e o CyberTeam, composto por portugueses e brasileiros, estão no centro das investigações da Polícia Federal, segundo apontam documentos obtidos pela reportagem do UOL

Três homens identificados como integrantes do Noias do Amazonas foram alvo da operação de busca e apreensão deflagrada hoje pela polícia em São Paulo e Minas Gerais. Os investigados têm 19, 24 e 35 anos. Dois deles moram na capital paulista e um em Uberlândia (MG).

O hacker português conhecido como Zambrius é líder do grupo CyberTeam e foi identificado pela PF como o principal responsável pelo ataque. O CyberTem já havia reivindicado publicamente a autoria do vazamento de dados do TSE durante o primeiro turno das eleições.

Zambrius, que já estava em prisão domiciliar, foi detido hoje, segundo o jornal português Diário de Notícias. Ele é o cidadão português Tomás Bonifácio Pedroso, de 19 anos.

A Polícia Federal informou hoje foi realizada a prisão de um suspeito em Portugal, mas não confirmou a identidade do investigado preso.

A investigação da PF aponta que ao menos desde 2016 o CyberTeam tem feito ataques digitais a órgãos públicos portugueses e brasileiros, muitas vezes em parceria com hackers brasileiros. O grupo brasileiro NDA foi identificado pelos investigadores como um dos principais colaboradores do CyberTeam.

O ataque ao TSE

No dia do primeiro turno das eleições municipais, realizado no último dia 15, foram divulgadas na internet dados do TSE obtidos por meio de uma invasão hacker ao sistema do tribunal.

Os hackers obtiveram informações como CPFs, senhas e email funcional de funcionários e ex-ministros do TSE.

A Polícia Federal também investiga se a atuação do grupo investigado teve relação com as falhas no aplicativo e-Título, utilizado para justificar o voto e identificar o eleitor no dia das eleições.

O ataque hacker não afetou o sistema de apuração do resultado das eleições e não teve relação com o atraso na divulgação dos resultados no primeiro turno.

O atraso na totalização dos votos foi provocado por uma falha na operação do supercomputador utilizado para compilar e divulgar os dados das urnas de todo o país.

Segundo o TSE, por causa da pandemia não houve tempo para submeter o computador a todos os testes antes das eleições e, por isso, o sistema de inteligência artificial da máquina demorou a realizar de forma eficiente o processo de contagem dos votos.

Fonte: UOL

Reeditado: Aloysio Santos




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