Nesses tempos de decisão política, quando se aproxima o momento do pleito eleitoral, percebemos que os ânimos se acirram com as pessoas tomando partido e escolhendo seu lado.
A eleição no Brasil, é percebida como se fosse um jogo de futebol com torcidas que torcem e defendem o lado escolhido. Uns são de direita, outros de esquerda. Ou defendem partido A ou B. É mais comum defenderem candidato Fulano ou Cicrano.
Dois fatos me chamam a atenção:
1 - as pessoas, tão racionais, perdem a capacidade analítica racional e deixa-se levar pela pura emocionalidade. Parece que se instala uma preguiça de pensar, pois pessoas bem informadas e, reconhecidamente inteligentes, agem como membros de um bando e como zumbis, apenas repetem o mantra do grupo. Então, os defeitos e falhas do seu candidato é, estupidamente minimizadas, justificadas ou, simplesmente ignoradas. Já as falhas do suposto adversário são ampliadas, enfeitadas e enfatizadas. Enfim “meu candidato é o Santo Salvador e o seu é o demônio vindo das profundezas para acabar com tudo”
2 - as pessoas deixam as meras preferências de lado e passam, em defesa do seu candidato, a atacar a personalidade do outro. Frases como:
“você só vai votar em Fulano porque você é burro”. Então começam a atingir o ego do outro. Aí vem a resposta no mesmo tom e a simples diferença de opiniões se transforma num conflito que leva aos confrontos e as vezes até à vias de fato.
Vale lembrar que as eleições dura um dia, mas o mandato durará quatro anos (oito no caso do senado). Portanto é precisa mais racionalidade e menos paixão na sua decisão.
Eu sugiro que saia da situação de idólatra e passe a ver seu candidato como um ser humano com defeitos e qualidades. Faça uma reflexão e tome sua consciente decisão. Quero enfatizar o termo “consciente”. Decida conscientemente e não emocionalmente.
Vale, também, lembrar que as eleições passam e as pessoas continuam. Vale mesmo a pena brigar com um colega por causa dessas preferências?
Meu apelo é para que as pessoas comecem a localizar na sua vida a relação e o sequenciamento do que é importante para ela. Pois tudo tem importância na nossa vivência. Entender que as pessoas são sempre mais importantes que coisas e situações. E que as amizades constituem um dos fortes pilares da riqueza.
Um abraço de Luz, do amigo Carlos Silva