Enquanto mais de 50 cidades se preparavam no Brasil para novos protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, alguns brasileiros residentes na França organizaram, também nesta quinta-feira (31), uma manifestação em Paris em defesa da chefe de Estado. O evento parisiense coincide com um dia de greve geral convocada pelos sindicados franceses.
Foi em clima festivo e aos gritos de "Não vai ter golpe!" que os participantes do protesto, encabeçado pelo grupo MD18 (Movimento Democrático 18 de Março em alusão à data da primeira manifestação de apoio a Dilma em Paris), exprimiram novamente seu apoio à presidente brasileira nessa quinta-feira chuvosa na capital francesa. Segundo os organizadores, cerca de 200 pessoas estavam presentes no ato, que durou quase três horas.
Os participantes protestavam contra o que consideram ser um "golpe midiático e golpe do judiciário", como definiu Adriana Lyra, uma das fundadoras do MD18."Vim fazer a única coisa que posso e acho que golpe é a palavra certa", disse a militante.
"Isso assusta muito, principalmente quando sabemos que já vivemos a mesma coisa em 1964", relembrou Lyra, cujo pai foi exilado polÃtico no Chile durante os anos de chumbo.
O protesto parisiense, assim como as manifestações nas cidades brasileiras, coincide com o aniversário do golpe militar, o que fez com que muitos manifestantes comparassem os acontecimentos polÃticos atuais no Brasil com o push que resultou na instauração do regime militar.

"Há exatos 52 anos, no dia 31 de março de 1964, teve um ato parecido pedindo a saÃda do governo, uma ação muito similar ao que está acontecendo agora", lembrou o baiano Journey Pereira dos Santos, que faz mestrado em Agrociências na capital francesa."O Brasil precisa de reformas estruturantes, não de um golpe", insistiu o manifestante.
A historiadora Franciele Becher também fazia parte do protesto parisiense. Ela, que participava do ato para "gritar pela democracia", também defende a ideia de que o Brasil visita atualmente um contexto de push, que chegou a ser cogitado na véspera pela própria presidente Dilma.
"Quando se tem todo um aparato midiático, com a imprensa toda a favor desse movimento, quando não há crime comprovado contra o executivo e quando se utiliza tudo isso a favor de uma retórica de ódio, temos, sim, um golpe polÃtico", disse Franciele."É legÃtimo que o governo atual termine o mandato", completou.
Esse é o terceiro protesto realizado pelo grupo MD18 em menos de um mês na capital francesa.Os brasileiros contrários ao governo também saÃram à s ruas em Paris, no dia 13 de março, em um ato realizado perto da embaixada do Brasil em Paris.
Por:Tatiana Marotta(foto:Diego Padgurschi /Folhapress)
Foi em clima festivo e aos gritos de "Não vai ter golpe!" que os participantes do protesto, encabeçado pelo grupo MD18 (Movimento Democrático 18 de Março em alusão à data da primeira manifestação de apoio a Dilma em Paris), exprimiram novamente seu apoio à presidente brasileira nessa quinta-feira chuvosa na capital francesa. Segundo os organizadores, cerca de 200 pessoas estavam presentes no ato, que durou quase três horas.
Os participantes protestavam contra o que consideram ser um "golpe midiático e golpe do judiciário", como definiu Adriana Lyra, uma das fundadoras do MD18."Vim fazer a única coisa que posso e acho que golpe é a palavra certa", disse a militante.
"Isso assusta muito, principalmente quando sabemos que já vivemos a mesma coisa em 1964", relembrou Lyra, cujo pai foi exilado polÃtico no Chile durante os anos de chumbo.
O protesto parisiense, assim como as manifestações nas cidades brasileiras, coincide com o aniversário do golpe militar, o que fez com que muitos manifestantes comparassem os acontecimentos polÃticos atuais no Brasil com o push que resultou na instauração do regime militar.
"Há exatos 52 anos, no dia 31 de março de 1964, teve um ato parecido pedindo a saÃda do governo, uma ação muito similar ao que está acontecendo agora", lembrou o baiano Journey Pereira dos Santos, que faz mestrado em Agrociências na capital francesa."O Brasil precisa de reformas estruturantes, não de um golpe", insistiu o manifestante.
A historiadora Franciele Becher também fazia parte do protesto parisiense. Ela, que participava do ato para "gritar pela democracia", também defende a ideia de que o Brasil visita atualmente um contexto de push, que chegou a ser cogitado na véspera pela própria presidente Dilma.
"Quando se tem todo um aparato midiático, com a imprensa toda a favor desse movimento, quando não há crime comprovado contra o executivo e quando se utiliza tudo isso a favor de uma retórica de ódio, temos, sim, um golpe polÃtico", disse Franciele."É legÃtimo que o governo atual termine o mandato", completou.
Esse é o terceiro protesto realizado pelo grupo MD18 em menos de um mês na capital francesa.Os brasileiros contrários ao governo também saÃram à s ruas em Paris, no dia 13 de março, em um ato realizado perto da embaixada do Brasil em Paris.
Por:Tatiana Marotta(foto:Diego Padgurschi /Folhapress)
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